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25 de jul. de 2018

Lixo doméstico, esse papel é seu!

Lixo doméstico, esse papel é seu!


Que você se importa com o que come eu sei. Se não, não seria leitor desse blog. Mas será que você também se preocupa com o que joga fora na hora de preparar a refeição?

Confesso que até outro dia eu nunca tinha parado pra pensar nisso. E o clique veio durante a oficina de horta em apartamento que fiz com a Paula, da Hortinutri. Ela me falou do minhocário e aquilo foi como um raio rachando a minha cabeça.

Fazer um minhocário não é nada complicado. Foto: Composta São Paulo / divulgação facebook.
Descobri que fazer uma composteira caseira é bem fácil. E comecei a lembrar (com culpa) de todo alimento orgânico que descasco e jogo no lixo junto com as inúmeras (e muitas vezes desnecessárias) embalagens dos produtos industrializados.

Também me incomodei com a imagem  da sacolinha de supermercado "engordando" meu puxa-saco. Foi como um tapa na cara que clareou meus pensamentos e abriu a minha mente. Aí, curiosa que sou, fui pesquisar mais o que podia fazer a respeito. Pelo menos dentro da minha casa eu ia ajudar a salvar o planeta!

No site da Brinox, escolhendo as lixeiras novas para a minha vida de cozinheiro!
Não pensei duas vezes: entrei no site da Brinox e comprei duas lixeiras novas. Esse, acredito, foi o primeiro e mais importante passo pra eu chegar nesse artigo que você está lendo hoje. Afinal, não são só duas cestas de descarte novas.

É uma nova maneira de administrar o meu lixo doméstico. Porque nossa vida de cozinheiro também passa por essa esfera.

Além das belas panelas (Brinox, sempre!) e do fogão industrial, lixeira é também uma peça importante na vida de todo cozinheiro!
Temos que comprar menos? Claro! Aproveitar mais do ingrediente? Também! Mas tem situações em que não vai ter jeito: você vai acabar jogando alguma coisa fora. Nem que seja uma gordurinha de um bife ou uma bandeja do bolo da padaria. Então, porque não fazer da forma correta?

Você pode até não ter o dom ou não estar a fim de reaproveitar coisas. Mas tem muita gente que quer! Muitas pessoas, inclusive, vivem do lixo reciclável no nosso país. Catadores que criam famílias inteiras vendendo o que pra você não serve pra nada

Participantes do programa Pró-Catador do Governo Federal. Foto: Naiara Pontes / Secretaria de Governo / divulgação.
Se você está na faixa dos 40 e é de uma geração onde a palavra respeito tem peso, provavelmente, já ouviu em algum momento da vida sua mãe dizer: não jogue isso no lixo assim. Pode machucar o lixeiro. Pois é, isso eu já sabia. Nunca misturei vidro com meu lixo “normal”. 

Mas, agora, a questão que me motiva é ainda maior que essa: não comprometer a saúde do lixeiro, facilitar o trabalho do catador e ainda dar a minha contribuição para o planeta.

Separar, na minha cozinha o que pode (e deve) ser reciclado é a minha colaboração para deixar o mundo melhor.
Tá, sei que esse negócio de separar o lixo para a reciclagem é complicado. Quem nunca ficou desanimada ao ver os funcionários do caminhão pegando todos os sacos e jogando na mesma caçamba? É, dá raiva ver o seu trabalho de descarte indo para o espaço.

Sei bem como isso funciona. Na minha rua, por exemplo, o caminhão da reciclagem não passa. Eu moro em Taguatinga, no Distrito Federal. Aqui no DF a coleta seletiva é realizada regularmente em 17 das 31 regiões do "quadradinho".

O fato seria, inclusive, uma desculpa perfeita para eu deixar isso pra lá, não é mesmo? Seria. Mas eu estou decidida a mudar o meu mundo. E vou conseguir. 

Eu levo o meu lixo seco para ser coletado pelo caminhão da reciclagem para a casa da minha sogra.
Sabe o que estou fazendo desde que minhas lixeiras Brinox chegaram lá em casa? Separando os sacos com os produtos para a reciclagem e levando para a casa da minha sogra. Lá o tal caminhão da "musiquinha esquisita" passa toda quarta-feira. 

É legal fazer isso? Confesso que não. Moro numa kitnet e ter sacos na porta de casa esperando para serem despachados não é a melhor visão.

Eu guardo os sacos de lixo seco e reciclável por até uma semana só para dar o destino adequado aos materiais.
Aliás, esse também é um ponto interessante. Quando a gente começa a separar em um saco específico para esse fim (nada de sacolinha de supermercado, ok?) percebe o quanto de lixo produzimos.

E aí, vale começar a pensar no tal consumo consciente. Tá, tem hora que fica difícil. Ninguém vai pedir pra mulher da padaria embalar o bolo num saco de papel. Mas será que não estamos trazendo pra nossa casa muita coisa desnecessária? Além da reflexão, pode ser um assunto para um próximo post.

Na minha casa eu descobri que produzo lixo em excesso na minha cozinha. Triste constatação.
Meu pai tem um conceito interessante e perturbador que eu também aprendi ainda pequena: conhecimento implica em responsabilidade. Isso é uma grande verdade. Saber e não fazer é um milhão de vezes pior do que não saber.

E foi por isso que eu comecei essa revolução do lixo na minha vida. Afinal, se eu sei, não tenho desculpa para fazer errado.

Com as minhas lindas lixeiras da Brinox, aqui em casa não tenho motivo pra descartar o lixo de forma errada.
Sei que esse negócio de descarte de recicláveis no Brasil mal funciona nos grandes centros, o que é um grande contrassenso já que a reciclagem é uma das ações prioritárias previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece inclusive a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, incluindo fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e cidadãos.

A correta destinação do lixo é responsabilidade de todos nós!
Além disso, através do Decreto nº 7405, publicado no Diário Oficial da União no dia 23 de dezembro de 2010, o Programa Pró-Catador foi instituído no Brasil possibilitando a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.

Não sei se você já passou o olho na Lei mas, no papel, é tudo lindo. Sério. Coisa de primeiro mundo. Pena que no mundo concreto não é bem assim. Mas nem tudo está perdido.

Caminhão da coleta seletiva nas ruas de Curitiba, no Paraná. Foto: prefeitura de Curitiba / divulgação.
Niterói foi a pioneira na coleta seletiva no país. Em 1985, a cidade fluminense foi a primeira do Brasil a implementar o sistema. Hoje, pelo menos nos grandes centros (principalmente das regiões sul e sudeste), a coleta seletiva já é uma realidade.

Em Curitiba, através do Programa Câmbio Verde, a população que recebe até 3,5 salários mínimos pode trocar lixo reciclável por hortigranjeiros. Desde 1989, cada quatro quilos de lixo vale um quilo de frutas e verduras. Pode ser trocado também o óleo vegetal e animal: cada 2 litros de óleo vale 1 kg de alimento.

Moradores de Curitiba, no Paraná, trocando lixo por comida. Foto: prefeitura de Curitiba / divulgação.
Aliás, Curitiba foi a primeira capital brasileira a implantar o sistema de coleta seletiva de lixo, ainda no fim dos anos 80. Através do programa O Lixo que não é Lixo, a prefeitura realiza a coleta seletiva porta a porta em todo o município.

Existem também pontos de descarte para os moradores que não são atendidos pelo serviço do caminhão.

Será que perto da sua casa não tem um ponto de coleta parecido com esse? Foto: prefeitura de Curitiba / divulgação.
Essa importante iniciativa inclusive, inspirou outros municípios. Em 2015, Porto Alegre colocou em prática a Troca Solidária. O projeto, além da permuta de lixo reciclável por comida, troca resíduos descartáveis por livros em escolas públicas.

Mas atenção: só separar o lixo seco não resolve o problema. Você precisa descartar os produtos recicláveis devidamente limpos e secos, ok? Lembrando que o que pode ser reciclado está dividido em 4 grandes grupos principais: papel, plástico, metal e vidro.

Esse vídeo que eu postei outro dia também fala um pouco disso:

          
Outra coisa: talvez na sua cidade não tenha coleta seletiva realizada pela prefeitura. Mas podem existir ONGs ou Cooperativas de Reciclagem fazendo esse trabalho ou ainda pontos de coleta bem próximos da sua casa.

Pesquise. Faça você também o seu papel! Tenho certeza que você, além de melhorar a sua vida de cozinheiro, vai se tornar exemplo pra muita gente!

Até a Evie adorou as nossas novas lixeiras da Brinox!
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