Imagine a seguinte situação: você tem na sua frente um limão capeta e uma laranja. Você não pode cheirar e nem tocar nos dois alimentos. Tem que decidir, às cegas, qual é o de gosto doce e qual o de sabor azedo.
Nessa hora, a matemática é bem precisa: você tem 50% de chance de acertar e os mesmos 50% de errar. Pra quem não tem o hábito de comprar ou de fazer suco com essas frutas, as duas tem aparência e tamanho bem semelhantes. São, praticamente, iguais, principalmente por fora.
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Para identificar, tem que conhecer. É assim com tudo na vida. Foto: creativecommons.org / pixels.com |
Claro, quem já colheu as frutas no pé, ficou com as mãos cheirando à laranja ou a limão, descascou e provou essas delícias, certamente, não vai errar. Porque as duas frutas são totalmente diferentes aos olhos de quem conhece os dois alimentos. E a resposta pra isso é simples: a gente acerta quando sabe onde está "pisando".
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Separar o "joio do trigo" é tarefa pra quem conhece bem os dois. Foto: Martin Poole / Getty Images / thepruceeats.com |
Pra conhecer o alimento você tem que pegar, cheirar, provar. E quando esse produto é industrializado, a experimentação precisa ser ainda mais detalhada. Não adianta escolher o que levar pra casa pela embalagem, pelo preço ou, até mesmo, pelas "marcas confiáveis".
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Não adianta passar o olho no rótulo se você não entende o que está escrito. Foto: foodnotphood.wordpress.com |
Prática que pode até ser simples, mão não é fácil. Entender o que está escrito ali, principalmente nas letrinhas miúdas (que contém as informações que a indústria não quer te passar) é muito chato, confesso.
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Realmente ler o rótulo de tudo atrasa as compras. Mas vale a pena. Foto: Getty Images / usatoday.com |
Você precisa insistir nessa árdua tarefa de ler o rótulo de todos (reforçando, todos) os alimentos processados e ultraprocessados que você compra pra poder se familiarizar com esse universo e, assim, fazer escolhas mais conscientes.
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Não vá ao mercado com fome e nem com pressa. E escolha bem o que está levando pra casa. Foto: nielsen.com |
Pra facilitar sua vida, vou te dar uma dica básica: num rótulo de composição, o ingrediente que aparece primeiro é o que existe em maior quantidade naquele produto.
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Aquelas letrinhas miúdas são as informações mais importantes da embalagem. Foto: iStockphoto / noticiasominuto.com |
Essa prática se aplica a tudo. Quando você começar a ler o rótulo vai ver que a indústria vende muito "gato por lebre". Tem pão integral no qual metade da farinha usada é a branca "enriquecida", tem geleia que não tem fruta, tem requeijão engrossado com amido e quase sem queijo. O céu, infelizmente, é o limite para os absurdos da indústria alimentícia nesse país.
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A indústria alimentícia, infelizmente, não está preocupada com a nossa saúde. Foto: consumerreports.org |
Mas nós temos o poder de mudar esse quadro. E as nossas ferramentas também são muitas. Pode até ser que a propaganda nos induza a colocar o produto no carrinho, mas somos nós que pagamos pelo que estamos levando pra casa.
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É você quem escolhe o que colocar ou não no carrinho. Pense nisso. Foto: Getty Images / delish.com |
Até a Coca-Cola fez isso, lançando refrigerante adoçado com estévia. Longe daquele líquido preto ser considerado bebida, mas quando a queda das vendas começou a impactar nos lucros a fórmula imutável foi modificada, não é mesmo?
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Levar as crianças para o supermercado e ensiná-las a comprar é uma boa ideia. Foto: livingwellspendingless.com |
E por que não começar conhecendo esse novo processo de rotulagem de alimentos, que vem sendo discutido no país desde 2014? O assunto é polêmico e você pode até opinar! É o que o Vida de Cozinheiro te mostra na semana que vem. Aguarde!
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