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23 de jan. de 2018

Tóquio, comendo bem e barato!

Tóquio, comendo bem e barato!


Tem gente que fala que comida no Japão é cara, principalmente em Tóquio. Passamos um mês neste país asiático e não constatamos isso não!

Claro, na capital japonesa também existem restaurantes caríssimos, como em qualquer metrópole do planeta. Mas nós, na maioria das vezes, comemos muito bem pagando pouco.

Arroz, ovo mexido e frango empanado: uma típica refeição japonesa.
Gastamos em média, para nós dois, 2.200 ienes por refeição, o que significou na cotação da época, novembro de 2017, 20 dólares americanos.

Não achei a conta alta. Pelo contrário. Saímos satisfeitos! E este ainda não foi o melhor jantar "custo benefício"! No Japão, gastando muito menos que isso, você ainda pode saborear uma incrível refeição!

Em Tóquio, normalmente, os restaurantes com a máquina na porta são mais baratos!
A dica para quem está afim de economizar ou, simplesmente, conhecer mais da gastronomia local são as inúmeras portinhas espalhadas pela cidade, a maioria delas com uma máquina grande na entrada parecida com um caixa eletrônico de banco.

Esses micro restaurantes são administrados por japoneses super simpáticos. São cozinheiros e atendentes que, normalmente, fazem parte de uma mesma família.

Pedir comida na máquina é simples. Difícil é saber quando estão chamando o seu pedido!
Os donos não sabem o inglês, mas fazem o possível para se comunicarem com o freguês estrangeiro. Falando nisso, ocidental é figura rara nesses lugares.

Toda vez que comemos num restaurante desses em Tóquio nos sentimos "peixes fora d' água". Como se tivéssemos sendo analisados pelo simples fato de não termos o olho puxado ou de estarmos comendo de um jeito engraçado.

Comer frango com hashi é fácil! Vai tentar comer macarrão...
Porque sim, não é fácil comer usando hashi. Tá, arroz "unidos venceremos" é moleza. Mas vai comer macarrão! Quase impossível equilibrar aquele fio comprido usando dois palitinhos. Rsrs...

Aliás a dupla arroz/macarrão é presença garantida nessas casas orientais. Quase todo micro restaurante vende o combo a um preço mais que justo! 

O maridão pediu um cardápio ocidental Eu pedi macarrão e ganhei de brinde missô soup e arroz.
Foi o que pudemos presenciar quando saímos do Tsukiji Fish Market. Encontramos uma portinha exibindo na fachada fotos de pratos super saboroso por menos de 4 dólares americanos! 

A única dificuldade desses lugares, pra mim, é comprar a comida usando a máquina que "enfeita" a porta. Ainda mais quando não existe a opção de traduzir as informações da tela para o inglês.

Esses micro restaurantes são os mais incríveis. Simples, rápidos e com uma comida deliciosa!
Claro, como quase tudo na vida, só é complicado na primeira vez. Depois você faz com "o pé nas costas"! Mesmo porque, em quase todas as máquinas que usamos, os pratos oferecidos eram apresentados juntamente com os preços e as fotos.

Aí, mesmo não entendendo nada, você coloca o dinheiro na máquina, clica na imagem visualmente mais atrativa e torce pra dar certo! E, na maioria das vezes dá. Rsrs...

Nesta máquina aí é só colocar o dinheiro, clicar no prato desejado, confirmar e pegar o troco.
E boas opções de comida nesses restaurantes não faltam. A mais "certeira", pra mim, principalmente se você não curte muito frutos do mar, é o Gyudon.

Esse prato feito com arroz, carne bovina e cebola é tradicional no Japão. Uma refeição bem completa e uma das mais baratas! Encontramos Gyudon no Japão por 200 ienes, menos de 2 dólares americanos.

Arroz, carne e cebola. O Gyudon é um prato japonês que você encontra em todo restaurante.
Outra estratégia muito utilizada pelos restaurantes japoneses que facilita a sua escolha e pode baratear a sua refeição é a vitrine de plástico.

Em vários lugares você encontra na entrada da casa uma espécie de mostruário expondo as réplicas das comidas oferecidas, conhecidas no Japão por "sampuru".

Os pratos de plástico na vitrine são um espetáculo à parte!
São pratos lindos! Verdadeiras obras de arte, produzidas com uma impressionante riqueza de detalhes.

O bom dessas amostras é que você consegue compreender melhor a mistura de ingredientes que pretende comprar e, principalmente, analisar o tamanho da sua fome já que as peças são confeccionadas em tamanho real.

Vendo o tamanho da refeição dá pra saber até se você vai rachar o prato com o maridão.
Isso é ótimo, inclusive! Muitas vezes, só pelo tamanho do prato, eu e o maridão decidimos "rachar" o jantar. Além de evitarmos o desperdício não deixa de ser uma economia, né?

A única desvantagem é que, via de regra, os restaurantes mais baratos, que tem a tal máquina na porta e as refeições por até 5 dólares americanos, não exibem essas "comidas artificiais".

Os restaurantes mais tradicionais nem apresentam os pratos de plástico. Nestes, normalmente, só entram japoneses.
Detalhe, a ausência das esculturas, pra mim, é bem simples: esse tipo de restaurante não está a fim de atrair mesmo turista nenhum!

Sério! Tirando por base os 30 dias que estivemos no Japão, acredito que essa seja a explicação mais plausível. E é por isso que eu acho que, pelo menos uma vez, você deveria entrar numa dessas portinhas!

Carne de porco é uma das mais consumidas no Japão. A encontramos, quase sempre, servida em fatias bem finas e grelhada. 
Não só para comer muito e pagar barato! Rsrs... E sim por se tratar de um restaurante administrado por japoneses que produz a tradicional culinária japonesa com o objetivo exclusivo de agradar moradores locais.

Precisa mais que isso pra te fazer entrar? Pra mim não! Tanto que fomos várias vezes em estabelecimentos desse tipo. E não só pelo preço!

Então, se ligue nessas dicas e programe bem o dinheiro das refeições do dia. Via de regra os pontos turísticos oferecem pratos sempre mais caros.

Tá com medo de pagar mico? Vá com medo mesmo! Entre, faça o pedido e se surpreenda!
Ah, já ia me esquecendo. Se você é leitor assíduo dessa minha Vida de Cozinheiro sabe que eu não bebo refrigerante e nem suco industrializado. Pois é. Na maioria dos jantares nós fomos de cerveja! Afinal, eram férias!

A bebida japonesa é deliciosa! Mesmo as tradicionais produzidas em larga escala (que de artesanais não tem nada) são ótimas!

A Suntory, inclusive, é uma marca bem popular no Japão. Esta empresa começou a funcionar em 1899 e, inicialmente, fabricava vinho. E em 1963 passou a fazer esta agradável cerveja. 

Adorei a cerveja japonesa! Bem leve e refrescante!
Só que tem uns poréns de ficar bebendo o líquido dos Deuses como se fosse água (rsrs).

Primeiro: cerveja no Japão não custa tão barato. Cada caneca sai por uns 600 ienes, quase 6 dólares americanos. É pagável, mas toda hora pode causar um impacto significativo no seu orçamento.

Segundo: cerveja me deixa mole e, de férias, tudo o que eu queria era conhecer o máximo de atrações possíveis! Aí, a solução era ir de água! Mas nada de líquido mineral, ok?

Água potável em restaurante no Japão é algo que você nem precisa pedir.
A ideia é economizar, não é mesmo? Pois é, no Japão, em todo restaurante tem uma garrafa de água potável na mesa ou várias espalhadas pelo balcão.

O "mimo" oferecido aos fregueses está sempre geladinho. E se a sede for muita e você beber a jarra inteira não se preocupe. Vai surgir um japonês (do nada) e repor o líquido! Pra mim, esta é a melhor opção!

Água potável servida nos restaurantes japoneses: gratuita, saudável e refrescante!
E uma última dica: na hora do almoço fique atento ao relógio! Eu percebi durante esse mês que passamos na "Terra do Sol Nascente"que o japonês (e o asiático em geral) tem o hábito de almoçar cedo, mesmo nos finais de semana.

Não sei se é por disciplina ou porque a rotina impõe esse horário. Só sei que foi assim.

Comer tudo é outra ótima dica! Afinal, nesta Vida de Cozinheiro viajante você nunca sabe quando vai parar pra comer!
Nas poucas vezes que perdemos a hora de deixamos para procurar um lugar tradicional para comer depois das três da tarde não encontramos. Então entre no ritmo dos viajantes japoneses.

Acorde cedo, ande bastante, passeie ao ar livre, almoce no horário da vovó e raspe o prato! Porque caminhando quase 20 quilômetros por dia só mesmo comendo muito arroz e macarrão!

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