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10 de nov. de 2016

Boas surpresas da vida!

Boas surpresas da vida!


O post de hoje era pra falar da panqueca que comi em Marathon, na Flórida, a 80 Km de Key West. Mas até chegar ao ponto em que eu sentei no The Wooden Spoon e fiz o pedido vale contar como tudo aconteceu. Comecemos então, pelo começo.

Panqueca tipicamente americana que comi do Wooden Spoon, em Marathon, na Flórida.
Sabe o que é o melhor de alugar um carro? Ter um roteiro mais flexível. Descobrir maravilhas que não faziam parte da proposta e que acabam se tornando as melhores coisas da viagem. Foi assim com as famosas ilhas da Flórida. 

Dirigindo na Overseas Higway, em Florida Keys.
Nosso roteiro de 25 dias pelo sul dos Estados Unidos não contemplava, sequer, passar perto do arquipélago. A ideia, desde sempre, era ficar 8 dias em Miami e o restante em Orlando, passando um dia em St Petersburg (para conhecer o Salvador Dali Museum), outro em Cabo Canaveral (para ver o Kennedy Space Center) e um terceiro na estrada entre Miami e Orlando conhecendo as cidades mais badaladas da costa: Coconut Grove, Coral Gabels, Fort Lauderdale, Boca Raton. 

Regatta Park em Coconut Grove, na Flórida.
Salvador Dali Museum, em St. Petersburg, na Flórida.
Saímos do Brasil com esse pensamento e alugamos o carro na Flórida com essa finalidade. Mas o que era bom ficou ainda melhor! 

Com uma semana que estávamos em Miami, um dia antes da nossa partida para Orlando, fomos assistir ao concerto da New World Symphony no centro da cidade. Aliás, um passeio imperdível! 

Na praça da New World Symphony, no centro de Miami. Ansiosos pelo início do concerto!
Sou apaixonada por música clássica e o programa era a melhor forma de fechar Miami com chave de ouro. E foi lindo! Tanto o concerto quanto a alegria, a gentileza e o respeito das pessoas pela arte durante a execução da obra. 

Bacana ver todo mundo sentado no gramado curtindo música de qualidade. E sem pagar nada por isso! Foto: New World Symphony / divulgação.
Não sei se você sabe mas, em Miami, algumas apresentações da orquestra, que acontecem no anfiteatro do prédio da sinfônica, são projetadas, em tempo real, na imensa parede do lado de fora do edifício. É o projeto Wallcast ConcertsPresented by Citi

Ou seja, se você não tem grana ou simplesmente não está a fim de pagar pelo ingresso é só garantir o seu lugar no gramado da praça e curtir a sinfonia. 

Aguardando o início do concerto.
Apresentação projetada na parede do prédio da sinfônica. Um espetáculo incrível! E gratuito!
Foi o que fizemos! E foi lá, sentada no chão, namorando o maridão (ao som da New World Symphony regida por Michael Tilson Thomas), que nosso trajeto até Florida Keys começou a ganhar forma. 

Tudo porque ficamos do lado de um casal canadense super simpático: a Jolie e o marido dela. E aí já viu, né? Conversa vai, conversa vem. Papo não faltou! 

Já falamos demais pelo simples fato de sermos jornalistas. Pra completar, Dr. Jolie Mayer-Smith, da Faculdade de Educação da UBC, é uma especialista em sustentabilidade e trabalha em projetos de alimentação saudável no Canadá. A pesquisadora Jolie Mayer-Smith é uma sumidade no assunto alimentos. Tem até livro publicado!

Jolie Mayer-Smith, a doce e simpática educadora que nos fez conhecer Florida Keys! Muito obrigada, Jolie! Foto: University of British Columbia / divulgação.
Tudo a ver com a gente! Mesmo porque (acho que nunca contei isso aqui) o Thiago, meu marido, já foi assessor de imprensa na REBRAE e saca muito do assunto também. Rendeu demais a conversa com eles. Foi ótimo! 

Recebemos várias dicas do casal e, praticamente, uma ordem (rsrs): não deixar o Estado sem conhecer Flórida Keys! E aí, como somos obedientes (rsrs), nosso roteiro mudou.

No dia seguinte, em vez de partirmos para o norte, acordamos bem cedo e fomos para o sul. E foi uma das melhores decisões que tomamos! 

Na Overseas Highway rumo à Key West!
A viagem é linda, tranquila, agradável e, simplesmente, inesquecível! E nem é tão longe assim. O nosso destino final era Key West, a última ilha e o ponto mais ao sul dos Estados Unidos. 

Mas até chegarmos lá várias paisagens incríveis chamaram nossa atenção. Tanto que demoramos muito mais que o previsto. 

Dica: vá com tempo. Pare nos acostamentos ao longo do caminho. A vista é linda!
Se você for direito de Miami para Key West vai gastar em torno de 4 horas para atravessar a linha reta de 260 Km de extensão (ou 166 milhas) que conecta todas as ilhas do arquipélago (são 113 pra ser exata). 

Mas como o passeio tem uma paisagem magnífica (tanto que é parte do programa National Scenic Byways - estradas nacionais com paisagens) é difícil não ir parando.

Detalhe: a autoestrada, além de linda, é cheia de radares. A velocidade máxima permitida em todo o trecho é de 70 Km/h, ok?

A estrada tem muitos radares, mas nem precisava. De tão linda, o bom mesmo é percorrer o trajeto curtindo a paisagem.
Overseas Highway (continuação da US1), seguindo a direção Miami-Key West, começa em Key Largo. O pedaço de terra é conhecido como a capital mundial do mergulho por conta da diversificada vida marinha do local.

Também é lá que fica o John Pennekamp Coral Reef State Park, o primeiro parque submarino dos Estados Unidos.

Snorkel é uma atividade comum em Flórida Keys... Foto: John Pennekamp Coral Reef State Park / divulgação.
Somos muito fãs de mergulho mas como o tempo estava curto e já tínhamos praticado snorkel nas férias passadas no México, em Puerto Morelos (o segundo maior recife de coral preservado do planeta) decidimos seguir viagem.

Outro detalhe: ainda em Key Largo, se você preferir conhecer os famosos alligators da Flórida, este é o momento para abandonar a rota e conhecer  o Everglades National Park

Nós decidimos não passar por lá por dois motivos simples: tenho pavor de crocodilos e, em 2014, o Thiago já tinha conseguido me enfiar numa jaula de alligators no Croco Cun Zoo, em Tulum, no México. 

Morrendo de medo no recanto dos alligators do Croco Cun, em Tulum, no México.
Por conta disso ignoramos os répteis e seguimos a Overseas Highway. Mas fica a dica!

Fim do dia no parque dos crocodilos.... Foto: G. Gardner / Everglades National Park divulgação.
Dezesseis milhas à frente (25 Km) está Islamorada, conhecida como capital mundial da pesca esportiva. Os ótimos restaurantes de lá são famosos por servirem mariscos frescos e comida boa. 

Ainda seguindo a Overseas Highway, 30 milhas depois (48 Km), fica Marathon, onde eu comi a deliciosa panqueca tipicamente americana que motivou esse post (e que pelo andar da carruagem, vai ficar pra depois).

O vilarejo ficou famoso por conta da belíssima Seven Mile Bridge. Desde 1982, os 11 Km da ponte, que até hoje liga Marathon a Pigeon Key, não são mais percorridos de carro para se chegar à Key West.

A belíssima Old Seven Mile Bridge!
Entrada da ponte Old Seven Mile Bridge, que liga Marathon à Pigeon Key.
Percorrendo a Old Seven Mile chegamos à bela Pigeon Key.
Paralela à famosa ponte foi construída outra, bem mais moderna (por onde nós passamos). Mas o charme da Old Seven Mile Bridge ainda encanta e atrai turistas.

A antiga Seven Mile Bridge agora é passarela para turistas.

Atravessando a nova ponte e percorrendo mais 38 milhas (61 Km) chegamos ao nosso destino final: a charmosa Key West, a 180 Km de Miami. A cidade é, de fato, a cereja do bolo!

Nossa primeira parada na terra de Ernest Hemingway foi na praia. South Beach é linda! A mais badalada de Key West!

Fim de tarde em South Beach, em Key West, na Flórida.
De lá seguimos até o final da Duval Street, a rua mais movimentada da ilha para ver o Southernmost Point, que como o próprio nome diz é ponto mais ao sul de Key West e dos Estados Unidos, a 145 Km de distância (em linha reta) de Cuba.

Em Southernmost, o ponto mais ao sul dos Estados Unidos que fica em Key West.
Não podíamos sair da cidade sem conhecer esse marco. Já tínhamos visto um monumento parecido, em Isla Mujeres, no México. Lá na ilha caribenha, em Punta Sur, está o Templo de Ixchel. A escultura da principal deusa maya também marca o ponto que é o mais próximo em linha reta de Cuba.

Templo de Ixchel, em Punta Sur, na Isla Mujeres, no México.
E, pra falar a verdade, não sei qual é o mais lindo! O de Isla tem aquele mar batendo nos rochedos e o de Key West aquele pôr-do-sol laranja, estonteante.

Acho que as duas visões vão ficar pra sempre na minha memória. Inesquecíveis! A única tristeza (se é que posso chamar isso de tristeza) foi não vermos o pôr-do-sol da Mallory Square.

Belíssimo pôr-do-sol de Key West visto da Mallory Square. Foto: John W. Penney / Mallory Square divulgação.
A praça é famosa por celebrar, diariamente, esse espetáculo da natureza. O local vira uma festa todas as noites e o Sunset Celebration é um dos programas mais românticos do arquipélago. Sem dúvida, vale a visita!

A movimentada praça é um dos principais pontos turísticos de Key West. Foto: Mallory Square divulgação.
Ah, também não deu pra ir na casa do Hemingway (ele morou por 8 anos na ilha durante a década de 30) porque o museu só funciona até as 17 horas e chegamos tarde. Ainda assim valeu demais atravessar as 42 pontes (gigantes) que ligam Miami a Key West.

Afinal, a sede do condado de Monroe, mais parece um refúgio, com todo o charme interiorano característico do século XIX.

É ou não é um charme essa caixa de correio? E essa varanda? Muito linda! Apaixonada por Key West!
Um clima perfeito pra quem está em busca de romance e tranquilidade!

Feliz da vida, namorando o maridão e comemorando nossa mudança de rota! Muito obrigada, Jolie!
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