Hoje, nas redes sociais, o que mais li foram comentários de agradecimento àquela que é vida, paz, sabedoria, amor. Muita gente grata pelo fato da mãe ter sido companheira, amiga, conselheira, "pãe", exemplo.
Declarações pertinentes e, em sua maioria, emocionantes. E o meu relato, nesse 8 de maio, não poderia ser diferente. Mas como este é um espaço de discussão sobre alimentação saudável, meu "muito obrigada" à Ana Bontempo, carinhosamente conhecida como "Donana", vai além dessa preocupação quase instintiva.
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Acho que mamãe só me aguentou porque, apesar da cara brava, ela é moleca também!!! |
Cuidado explicitado pelas noites em claro por conta das cólicas, pelos conselhos nos momentos de dúvida e pelo colo durante os maremotos juvenis (nossa, esses foram os piores. Não sei como mamãe me aguentou!).
Em tempos de crise (de consciência), onde até uma operadora de plano de saúde faz campanha publicitária "ensinando" às mães a alimentarem seus filhos, tenho que homenagear aquela que foi a minha primeira cozinheira e que ajudou a definir a mulher que sou. É, eu acredito na máxima: você é o que come, pensa e faz!
Em tempos de crise (de consciência), onde até uma operadora de plano de saúde faz campanha publicitária "ensinando" às mães a alimentarem seus filhos, tenho que homenagear aquela que foi a minha primeira cozinheira e que ajudou a definir a mulher que sou. É, eu acredito na máxima: você é o que come, pensa e faz!
Porque sim, o "ser mãe" está intimamente ligado à comida e as implicações do ato de se alimentar. E, nesse sentido, Donana foi uma mãe de verdade!
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Ana Bontempo, uma mãe que sabe dizer não! |
Ainda com toda a correria do dia-a-dia (meus pais se separaram quando eu tinha dois anos e minha mãe teve que trabalhar em dois empregos pra sustentar a casa) minha mãe nunca me deu porcaria (leia-se biscoito recheado, refrigerante, doces e industrializados em geral) para conter meu choro ou "calar a minha boca".
Isso, caro cozinheiro! Mesmo com todos os problemas que minha mãe enfrentou (e não foram poucos! Sozinha, com uma filha de dois meses e outra de dois anos recém operada do coração) comida lá em casa nunca foi moeda de troca. Pelo contrário!
Isso, caro cozinheiro! Mesmo com todos os problemas que minha mãe enfrentou (e não foram poucos! Sozinha, com uma filha de dois meses e outra de dois anos recém operada do coração) comida lá em casa nunca foi moeda de troca. Pelo contrário!
E esse foi um ensinamento valioso, que transcendeu a substância! Foi a base para eu entender, desde pequena, que tenho que agir corretamente porque é o certo a se fazer e não para "ganhar algo".
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Lá em casa, a conversa sempre fez parte da nossa vida! E os castigos também... Rsrs... |
Através das refeições, minha mãe não só me ensinou o valor nutricional dos alimentos! Na casa da Donana, a "comida na mesa" me mostrou além disso! Aprendi, por exemplo, a dar valor ao alimento (agradecendo ao fato de nunca ter passado fome e de estar bem nutrida) e percebi, bem cedo, o papel social de cada almoço ou lanche em família.
Também aprendi a importância de escolher com consciência. E, até hoje, me lembro da frase, repetida infinitas vezes pela mamãe: "não tenha olho grande, menina! Coloque no prato só o que você der conta de comer". Claro, com frequência eu exagerava! Mas não ficava por isso não.
Também aprendi a importância de escolher com consciência. E, até hoje, me lembro da frase, repetida infinitas vezes pela mamãe: "não tenha olho grande, menina! Coloque no prato só o que você der conta de comer". Claro, com frequência eu exagerava! Mas não ficava por isso não.
Nunca, em tempo algum, comida foi para o lixo na casa da Donana! Nessa hora, além de dosimetria, ouvia sobre fome, desnutrição, oportunidades. E o meu prato ficava ali, dentro do forno, esperando por mim.
E não importava a desculpa. Sabia que teria que terminar aquela refeição. Sabia que tinha que arcar com minhas escolhas. E foi sempre assim. E foi ótimo! Não precisei ter uma mãe condescendente para me sentir amada. Não precisei ter biscoito de chocolate na merendeira para me sentir importante e não precisei ter refrigerante na mesa para sinalizar um dia especial.
E não importava a desculpa. Sabia que teria que terminar aquela refeição. Sabia que tinha que arcar com minhas escolhas. E foi sempre assim. E foi ótimo! Não precisei ter uma mãe condescendente para me sentir amada. Não precisei ter biscoito de chocolate na merendeira para me sentir importante e não precisei ter refrigerante na mesa para sinalizar um dia especial.
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Minha eterna gratidão ao amor da minha vida!!! Amo demais essa minha melhor amiga!!! |
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Um brinde à melhor mãe do mundo! |
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