Sempre que eu digo que me formei cozinheira pelo Senac Minas alguém me pergunta se valeu a pena fazer o curso. Pra mim, valeu demais! Primeiro porque aperfeiçoei minhas técnicas. Já tinha trabalhado, como ajudante de cozinha, no restaurante "Feliz", do meu querido amigo, e grande chef, Zoroastro Passos, mas é muito diferente quando se está em uma bancada de escola.
Todos os cortes tem que ser milimetricamente perfeitos e, no dia-a-dia, nem sempre dá pra fazer assim, né? Depois, porque ampliei minha lista de contatos.
Conheci profissionais de renome e, de alguns deles, me tornei amiga. Sem falar que adquiri conhecimentos que eu sequer sabia que existiam. Agora, este pode não ser o melhor curso se você ainda não tem graduação. Aí talvez seja "mais jogo" procurar uma boa faculdade de gastronomia.
Pra mim não compensava porque não estava atrás de um diploma. Sou jornalista, formada, há 15 anos, pela PUC Minas. Mas, se precisasse de um título, certamente, consideraria a opção da faculdade.
Atualmente existem ótimas graduações disponíveis, com duração entre 2 anos e meio a quatro. Aqui em Brasília os diplomas mais cobiçados são dos do IESB e do UniCEUB. Não estou fazendo propaganda não, mas conheço os professores dessas duas faculdades de gastronomia e recomendo os cursos.
Em BH não sei quais são bons. Muita gente fala bem da Estácio de Sá, mas eu não tenho conhecimento para indicar curso deles.
Todos os cortes tem que ser milimetricamente perfeitos e, no dia-a-dia, nem sempre dá pra fazer assim, né? Depois, porque ampliei minha lista de contatos.
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Minha turma do curso de Cozinheiro do Senac Minas 2011. |
Pra mim não compensava porque não estava atrás de um diploma. Sou jornalista, formada, há 15 anos, pela PUC Minas. Mas, se precisasse de um título, certamente, consideraria a opção da faculdade.
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As amizades que fiz no Senac Minas também fizeram a diferença do meu curso de cozinheiro. |
Em BH não sei quais são bons. Muita gente fala bem da Estácio de Sá, mas eu não tenho conhecimento para indicar curso deles.
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Colocar a mão na massa sob a supervisão de quem sabe é o melhor de se fazer um curso. |
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Eu até aprendi a fazer doce. Não sei se você sabe, mas eu não gosto de chocolate. |
Aliás, o bom de se especializar no Senac Minas é isto: como o tempo é curto os professores não enrolam. Os conteúdos são muito bem divididos e as aulas são precisamente planejadas. A única coisa ruim de se fazer um curso mais "enxuto" é que se você perder uma aula já era. Vai ter que correr atrás do prejuízo fora do horário regulamentar.
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Feliz da vida na aula de confeitaria do Senac Minas. |
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Também sinto saudade das visitas técnicas que fazíamos com a professora Cláudia Porto. |
Pode parecer cruel, mas é a pura verdade. Para você ser dono de qualquer coisa tem que ser bom com números, saber lidar com gente, conhecer o mercado, ficar de olho nas tendências, saber desempenhar funções diversas e ter muito jogo de cintura. Foi o que aprendi com o brilhante Chef mineiro e amigo Guilherme Melo.
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Com o chef Guilherme Melo, proprietário do Hermengarda e meu chefe, também aprendi que gestão vai além da cozinha. |
Porque ficar oito horas em pé na frente de um fogão, num calor de quase 40 graus, de uniforme de tecido grosso, fazendo uma tarefa repetitiva exige muito foco, paciência, dedicação e força de vontade.
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Preparando o Nêmesis, uma das sobremesas mais pedidas no Hermengarda, em BH. |
Sem falar que, no Senac Minas, foi a primeira vez que entrei numa cozinha profissional gigantesca. Afinal, a cozinha do restaurante Feliz, apesar de profissional, era bem pequena. E eu fiquei encantada por esse mundão de aço inox.
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Saudade dessa turminha boa que deixava a cozinha do Senac Minas mais alegre e colorida. |
E o ano, realmente, foi enriquecedor. Principalmente em relação as aulas de confeitaria. Quem me conhece sabe: não sei fazer doces. Não gosto de chocolate e açúcar, pra mim, só no café e, ainda assim, mascavo. Não como bolo de chocolate, torta floresta negra ou brigadeiro.
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Chocolate na minha cozinha? Só se for preparando Petit Gâteau, uma das sobremesas preferidas do maridão. |
Mas um bom cozinheiro tem que saber um pouco de tudo, não é mesmo? Então, foram bem proveitosas minhas aulas de confeitaria. Sem falar no tanto de receita nova que provei. Porque de uma coisa eu sei: conhecer os sabores também é algo muito importante para a formação de um bom cozinheiro.
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Experimentando novos sabores nas aulas do Senac Minas. Torta de nozes com ricota e cobertura de frutas vermelhas. |
Aliás, vi que desta área da confeitaria de fabricação de pães eu, realmente, gosto. Só me incomoda um pouco o fato de tudo "ter que ser feito com margarina", porque esse produto não entra na minha casa de jeito nenhum. Como manteiga e, pra ser sincera, pouca. Mas, sempre que possível, a substituo por azeite extravirgem (de acidez máxima 0,2%).
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Croissant feito nas aulas do Vicente no curso de Cozinheiro do Senac Minas. |
Bem, é isso. Espero ter te ajudado a decidir por fazer um curso ou não. O que eu aconselho sempre é pesquisar muito antes de se matricular numa aula de culinária. Vá à escola na qual você pretende estudar. Conheça as instalações e os professores. Peça pra ver as ementas das disciplinas. Converse com quem já se formou na instituição ou, pelo menos, fez algum curso na área.
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O chef, e meu querido amigo, Beto Haddad me ajudou bastante a escolher qual caminho seguir dentro da gastronomia. |
Porque aí você vai poder ver, de perto, a rotina de um cozinheiro profissional e decidir se vai encarar ou não.
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Novinha, aos 25 anos, na cozinha do restaurante Feliz, abraçada com o grande cozinheiro e Chef Anderson Valentino. Ao fundo, o meu amigo, e então dono do Feliz, o Chef Zoroastro Passos.a |
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