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18 de dez. de 2013

Estrecho: Minha Melhor experiência gastronômica em Montevidéu!

Estrecho: Minha Melhor experiência gastronômica em Montevidéu!


Viajar para a Argentina e para o Uruguai com o meu marido foi, simplesmente, fantástico. Como eu pude demorar 35 anos pra conhecer esses países? É tudo tão lindo e tão perto do Brasil. Falando nisso, o Paraguai é outra excelente dica, viu? Nós também adoramos. São viagens imperdíveis para quem adora visitar museus, passear por ruas históricas e apreciar uma gastronomia de qualidade.

Na Argentina e no Uruguai foram 15 dias de um roteiro perfeito. Conhecemos muitas cidades e vivenciamos experiências que marcaram para sempre nossas almas. Recomendo demais. Sem dúvida, vale a pena conhecer os nossos países vizinhos.

O outro lado da porta. O ponto de vista de quem está na Cidade Velha.
Na capital uruguaia, um dos passeios mais incríveis é andar pela famosa Cidade Velha. O bairro começou a ser construído em 1724 e é o mais antigo de Montevidéu. Uma maneira interessante de começar a conhecer a "Ciudad Vieja" é passar pela "Puerta de la Ciudadela". O marco está localizado na Praça da Independência, que é a divisão física entre o centro de Montevidéu e a Cidade Velha.

"Torre Ejecutiva", sede da presidência do Uruguai.
Mas antes de passar pelo belíssimo portal, reserve um tempinho para apreciar os monumentos da igualmente conhecida Praça da Independência. Além da Torre Executiva, que é a sede do governo uruguaio, e da imponente construção de pedra, outros dois monumentos merecem ser vistos: a estátua do General José Gervásio Artigas e o mausoléu que abriga os restos mortais dele.

Estátua de José Artigas. Ao lado, a escadaria que leva ao mausoléu do General.
Eu não sabia que esse uruguaio, que viveu no século XVIII, era tão importante para o país. E isso, para mim, é o mais bacana de viajar. Visitando o túmulo dele descobri que José Artigas foi o primeiro general do Rio da Prata a vencer em combate as tropas leais à Coroa Espanhola durante as lutas pela independência do que hoje conhecemos por Uruguai. Por isso que ele é tão querido e que tem uma sepultura tão pomposa.

Conhecendo o mausoléu que abriga os restos mortais do General Artigas.
Saindo da Praça da Independência, depois de conhecer a história do general Artigas, eu tive a minha melhor experiência gastronômica em Montevidéu. Bem pertinho do portal de entrada para a Cidade Velha fica o "Estrecho", o restaurante mais bacana que eu conheci na capital uruguaia.

Uma das melhores coisas de viajar é conhecer a gastronomia local.
O Estrecho é um restaurante simples, elegante e barato. Daqueles locais que agradam qualquer cozinheiro ou amante da boa gastronomia. A casa funciona num espaço bem pequeno e estreito, daí a origem do nome.

Como não existem mesas, todos são atendidos no balcão. E isso é outro diferencial positivo do restaurante: poder ver bem de perto a cozinha funcionando. Não sei como é para você, mas eu acho essa movimentação de cozinheiros, ajudantes e garçons um espetáculo tão incrível quanto ver a minha comida pronta.

Você vê a comida sendo feita e come no próprio balcão.
No Estrecho o cardápio é bem pequeno, mas as opções são bem criativas: dois tipos de sanduíches gourmets (lombo e salmão), três saladas, um prato com peixe, outro com filet mignon e outro com frango. Ou seja, bem difícil não agradar o freguês.

Sem falar que a apresentação dos pratos é impecável, o que já te faz querer devorar tudo um poucos minutos. Eu pedi a baguete de salmão com wasabi e abacate. Estava fantástica. Uma excelente combinação de aromas e texturas.

Sanduíche de salmão com wasabi e abacate do restaurante Estrecho, em Montevidéu.
O saboroso enfeite do meu prato: detalhe que faz a diferença.
Meu marido optou pelo filet com batatas douradas, cenoura, lascas de queijo parmesão e redução de aceto balsâmico. Eu provei e achei muito gostoso também. Aliás, foram dois pratos saborosos e bem servidos.

Filet Mignon com batatas douradas, cenouras, lascas de queijo parmesão e redução de aceto balsâmico do restaurante Estrecho, em Montevidéu.
Olhando as fotos, pode até parecer pouca comida. Mas nós nem conseguimos pedir a sobremesa. Uma pena já que a proprietária e Chef do restaurante é francesa e o creme Bruleé é uma das especialidades da casa.

Outra vantagem do Estrecho é que os preços não são nada de outro mundo. Apesar de lindas e deliciosas, as preparações são têm preço justo. A minha baquete de salmão defumado saiu por 215 pesos uruguaios e o prato do filet mignon do maridão ficou em 310 pesos uruguaios. Achamos o valor final da conta bem razoável. Sem dúvida, valeu cada peso gasto no Estrecho.

O restaurante Estrecho, na capital uruguaia, é pequeno e fica sempre lotado.
Como o restaurante é bem pequeno, e só cabem vinte pessoas comendo ao mesmo tempo, se você não quiser esperar para conseguir um banco, a dica a reservar com antecedência. Outra coisa: o Estrecho só abre pra almoço e só funciona de segunda a sexta até às 4 da tarde. O restaurante também não aceita nenhum cartão de crédito.

Nós saímos de lá bem satisfeitos e, para ajudar na digestão, continuamos nosso passeio a pé pela Cidade Velha. Bem pertinho do Estrecho, seguindo pela rua Sarandí, encontramos a Escola de Artes e Artesanato Dr. Pedro Figari. O prédio da instituição é tão bonito que chama a atenção de quem passa pela porta dele. Difícil resistir e não entrar.

Fachada da Escuela de Artes y Arte e Artesanías Dr. Pedro Figari.
Como estávamos com tempo, resolvemos conhecer o espaço e admirar as obras. Um local que, sem dúvida, merece ser visitado. E é só chegar e entrar, viu? Não precisa parar nada não.

Interior da Escola de Artes e Artesanato Dr. Pedro Figari, em Montevidéu.
Escultura em exposição no pátio central do edifício.
Depois de conhecer a escola, voltamos caminhando sentido Praça da Independência, que é o início da Cidade Nova. E resolvemos visitar o grandioso Teatro Solís.

O nome do belíssimo teatro é uma homenagem ao navegante espanhol Juan Díaz de Solís, comandante da primeira expedição européia a navegar pelo Rio de la Plata. O Teatro Solís foi inaugurado em 1856 com a apresentação da ópera Ernani, de Verdi.

Fachada do Teatro Solís, em Montevidéu.
De acordo com especialistas, a fachada principal do Solís é inspirada na do Teatro Carlo Felice, em Gênova, na Itália. Já a forma ligeiramente elíptica lembra a do Teatro alla Scala, em Milão. Já o suntuoso interior mantém uma semelhança notável com outro teatro italiano, o Teatro Metastasio di Prato, perto de Florença.

O Teatro Solís recebe desde óperas a espetáculos teatrais.
Detalhe do belíssimo lustre de cristal Baccarat.
Mineira que sou, arrisco dizer que o Teatro Solís faz lembrar o belíssimo Teatro Municipal de de Sabará. Meu marido, que não conhece a histórica cidade mineira, não acreditou muito na semelhança não. Mas, guardadas as devidas proporções, eu achei bem parecido. Acho que é porque os dois teatros são inspirados no formato do teatro Elisabetano.

Teatro Municipal de Sabará. Foto: solarcortereal.com.br
Se você conhece o maravilhoso teatro da mineira Sabará e quiser tirar a prova, as visitas guiadas ao teatro Solis são realizadas diariamente e duram 45 minutos. Não é de graça, mas o valor cobrado é irrisório: 20 pesos por pessoa (cerca de 2 reais). A visitas guiadas em português custam um pouco mais: 50 pesos, ou 5 reais e precisam ser agendadas.

Para saber mais sobre a nossa incrível viagem pelo Uruguai acesse o "Próximo Embarque" e aproveite as dicas do meu maridão, o jornalista Thiago Inter, para programar as suas férias. O "Próximo Embarque" é um excelente diário de viagem escrito por quem, de fato, colocou os pés no mundo. Lá você encontra o meu roteiro completo do tour pelo Uruguai e de vários outros países que visitei com o meu maridão.

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